Islândia

Subi e desci montanhas, dormi em tendas com vista para a neve, percorri um deserto de lava, atravessei a pé rios de água gélida e senti a força das águas, passei por detrás de cascatas e adormeci ao som de quedas de água, passeei de barco na lagoa dos glaciares, pisei várias praias de areia preta, subi uma encosta íngreme só para ver papagaios-do-mar, e vi, também vi focas, ovelhas de pelo largo e os mais belos cavalos, com guedelhas dignas de estrelas de rock, subi ao topo de um vulcão, tomei banho em nascentes naturais de água quente, vi géiseres em erupção, comi sandes de lagosta e sopas dentro de grandes pães redondos, reencontrei a minha antiga professora de islandês, assisti à maratona de Reiquejavique e celebrei a Noite da Cultura da capital. Durante todo este tempo, andei sempre claramente mal agasalhada. O verão na Islândia pode ser pior do que o nosso inverno. Ainda assim, apesar do frio (e do campismo), foi uma das melhores viagens da minha vida. Não sei bem precisar de onde veio este fascínio pela Islândia, pela Escandinávia no geral. Mas é real e ficou mais forte. A Islândia, terra do fogo e do gelo, é um país de outro mundo, que nos deixa num estado de assombro constante. E de falência declarada.

Mas um dia, quando tiver mais dinheiro, vou levar lá as minhas filhas.

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