É raro o dia em que não passamos por lá, para ver o avanço das obras. O que antes era um descampado abandonado, é agora um terreno limpo e aplanado, com terra estrumada e dividido em 20 talhões com 70 m2 cada. Perguntamo-nos qual será o nosso, mas a verdade é que não sabemos se sequer nos vai calhar algum. Havendo apenas 20 talhões, alguns deles estando reservados para associações e comunidades, e não estando nós em lista de espera nem sendo, felizmente, uma família necessitada, devemos estar no fim da lista. Mas algo nos diz que não deve haver tanta gente assim a querer atirar-se, voluntariamente, de cabeça para um projecto destes. Ter uma horta é pior do que ter um cão, pois exige a mesma dedicação, mas não pode ir connosco de férias nem nos segue fielmente. Há bichos e pragas e gatos que fazem chichi para cima das couves, há as condições atmosféricas, nem sempre favoráveis, que não podemos controlar, e há o tempo do relógio, esse magano, que temos de arranjar em dose dupla, e a preguiça que temos de vencer para pôr as galochas e ir para o campo em dias de frio e chuva.
Estamos conscientes de tudo isso e, ainda assim, é, sem sombra de dúvida, o grande projecto familiar por que ansiamos de momento. Enquanto os resultados das candidaturas não são anunciados, continuamos a passar por lá, para ver o avanço das obras. Tipo os reformados, estão a ver?…
1 comentário
Good luck!!!…Já mereço um limãozinho:)!