5. Jesus Cristo Bebia Cerveja, Afonso Cruz
Esperava muito deste livro. Já muita gente lhe tinha gabado a espectacularidade e o facto de ser tão diferente do que por cá se faz. Mas eu li e não fiquei abismada como esperava. Não me caiu o queixo, não tive vontade de ir a correr comprar outro livro dele, não me apeteceu gritá-lo aos quatro ventos. Achei, ao contrário do que me diziam, um pouco mais-do-mesmo. Quer tanto ser diferente que acaba por ser igual. Com talento e mestria, confirmo, mas tão somente não o assombro que esperava. É a tal coisa das expectativas. Mas sou eu.
6. História do Novo Nome, volume II, Elena Ferrante
Este, por outro lado, foi aquele assombro – por fim! Elena Ferrante é a diva da literatura contemporânea, não me venham com tretas. Quando escrevo estas linhas, já só me falta ler o quarto volume. Achei a saga tão intensa que precisei de fazer uma pausa – acreditam se vos disser que já sonhava com a Lila e a Lenú? Podem ler aqui o que eu achei do primeiro volume deste conjunto de quatro livros sobre a história de duas amigas e de um bairro napolitano cheio de histórias e estórias, brigas e intrigas, encontros e desencontros. Se eu já tinha gostado do primeiro volume, este então superou qualquer expectativa. É a melhor coisa que já li nos últimos tempos. E mais não digo porque vocês têm de ler.
7. História de Quem Vai e de Quem Fica, volume III, Elena Ferrante
O terceiro volume aconteceu logo a seguir. Maravilhoso e intenso, muito intenso, Ferrante leva-nos desta vez para fora do bairro napolitano onde cresceram, para acompanharmos a vida das suas protagonistas, que agora já são mulheres, casadas, mães, para um mundo mais pesado e cru das coisas que tomam o rumo da irreversibilidade, onde esta amizade tão forte entre as duas mulheres parece não ter mais lugar. Vão uns e ficam outros. E, no final, tudo parece mudar. Ou não.